Esporte
As lesões do membro superior no esporte são muito frequentes e, em várias modalidades esportivas, podem exigir do ortopedista um conhecimento mais detalhado da sua fisiopatologia para que o melhor tratamento seja alcançado. Apesar de alguns esportes que causam lesões frequentes no membro superior não serem muito praticados no Brasil (como o caso específico do beisebol, que conta com vasta coleção de trabalhos publicados na literatura médica), modalidades como o tênis, voleibol e handebol, por exemplo, necessitam de grande demanda biomecânica do ombrao. E esta demanda faz com que a articulação tenha que ser submetida a forças suprafisiológicas durante boa parte do movimento esportivo - na hora do saque, por exemplo, um tenista amador pode gerar forças de rotação angular da ordem de 7.000 graus por segundo, na fase de aceleração.
Estima-se que as lesões do ombro representem de 8% a 13% do total de lesões esportivas. Além do consultório, estas lesões são frequentemente vistas no pronto-atendimento, como demonstrou um estudo feito na Alemanha, com apoio do Ministério da Saúde local, que documentou entre os anos de 1997 a 1999 um total de 7.124 atendimentos a pessoas que sofreram lesões que necessitassem de atendimento médico. Do total de lesões relatadas, 3,1% foram lesões esportivas, e a maioria foi relatada como sendo luxações, torções ou lesões ligamentares (60%).